domingo, 28 de novembro de 2010

Resistencia e imunização as doenças infecciosas

Características gerais das respostas imunológicas aos micro-organismos.
-Defesa é mediada pelas imunidades natural e adquirida.
-Há diversidade e especificidade da resposta imunológica.
Essa diversidade é muito importante, porque existe inúmeros Ac, que são específicos para inúmeros Ag que existem.

- A evasão ou resistência do micro-organismo influenciam no prognóstico da doença.



Imunidade às bactérias extracelulares

-Induzem inflamação(purulentas)
-Produzem toxinas.

Imunidade Natural: Ativação do complemento(via alternativa e da lectina), fagocitose(mediada por neutrófilos e macrófagos), resposta inflamatória.Início da defesa frente às bactérias.

Imunidade Adquirida: Ação da imunidade humoral que bloqueia a infecção, neutralização de toxinas, ativação do complemento pela via clássica, produção de citocinas pelas céls T que estimulam a produção de Ac
Evasão: bactérias ricas em polissacarídeos resistem à fagocitose e inibem o complemento.
Ex: bactérias encapsuladas
Sthaphylococcus aureus, E.coli, Streptococcus pneumoniae.

Imunidade às bactérias intracelulares

-Tem capacidade de se multiplicar dentro do organismo, principalmente dentro dos macrófagos.

Imunidade Natural: consiste principalmente em fagócitos e céls NK que controlam o crescimento bacteriano.

Imunidade Adquirida: Mediada por céls citotóxicas que destroem as céls infectadas. Ex: micobactérias, causadoras da lepra e da tuberculose.


Imunidade aos fungos

Fungos são oportunistas Ex: Pneumocystes jiroveci.

Imunidade Natural: madiada por neutrófilos e macrófagos.

Imunidade Adquirida: Mediada por céls T e Ac.

Imunidade aos vírus

-Parasitas intracelulares obrigatórios.

Causam lise da célula que ele infecta.

Imunidade Natural: ocorre inibição da infecção pela ação de INF e por célula NK

Imunidade Adquirida: Mediada por células T citotóxicas, além da ação de Ac que neutralizam os vírus.

domingo, 14 de novembro de 2010

Auto-imunidade

Auto-imunidade é a falha em uma divisão funcional do sistema imunológico chamada de auto-tolerância, que resulta em respostas imunes contra as células e tecidos do próprio organismo. Qualquer doença que resulte deste tipo de resposta é chamada de doença auto-imune.
As doenças auto-imunes são um tipo de desordem imunológica e sua característica reside no fato da diminuição da tolerância aos componentes do próprio organismo, devido a uma alteração no processo de diferenciação de antígenos externos (vírus e bactérias, por exemplo) e os do próprio organismo de um indivíduo. Esta doença atinge aproximadamente 3-5% da população do mundo e tem origem na delicada relação entre fatores externos (ambientais) e fatores intrínsecos do organismo, como predisposição genética, alterações nos níveis hormonais e, baixo controle imuno-regulatório.
Pesquisas relatam que as doenças auto-imunes aumentaram nos últimos 40 anos, sendo que em nível mundial, médicos e também pesquisadores presumem que ela ataque de 15 a 20% da população. Talvez essa maior constatação seja devido ao fato do aprimoramento das técnicas de diagnóstico laboratoriais.
O diagnóstico das doenças auto-imunes é feito através do quadro clínico que o paciente apresenta e através de exames laboratoriais de sangue, onde são pesquisados auto-anticorpos.
O tratamento destas doenças baseia-se na inibição do sistema imunológico através da administração de drogas imunossupressoras (por exemplo, corticóides). No entanto, não é possível a realização de uma imunossupressão apenas dos anticorpos indesejáveis, levando o indivíduo a uma imunossupressão geral, predispondo ele a infecção por outros patógenos.
Sabe-se que existem um pouco mais do que 30 doenças auto-imunes, sendo que cada uma possui sintomas específicos e atacando órgãos distintos, sendo elas:
•Diabetes mellitus tipo 1;
•Lúpus eritematoso sistêmico;
•Artrite Reumatóide;
•Doença de Crohn;
•Esclerose Múltipla;
•Tireoidite de Hashimoto;
•Miastenia gravis;
•Síndrome de Sjögren;
•Vitiligo;
•Psoríase;
•Doenças Auto-Imunes do Sistema Nervoso;
•Doença de Addison;
•Anemia hemolítica;
•Auto-Imune Síndrome Antifosfolipídica;
•Dermatite Herpetiforme;
•Febre Familiar do mediterrâneo;
•Glomerulonefrite por IGA;
•Glomerulonefrite Membranosa;
•Síndrome de Goodpasture;
•Doença de Graves;
•Doença Celíaca;
•Hepatite auto-imune;
•Síndrome miastênica de Lambert-Eaton;
•Oftalmia Simpática;
•Penfigóide Bolhoso Poliendocrinopatias;
•Púrpura auto-imune;
•Trombocitopenia Idiopática;
•Doença de Reiter Tireoidite auto-imune;
•Espondilite Anquilosante;
•Retocolite Ulcerativa;
•Síndrome de Churg-Strauss;
•Síndrome de Behçt;
•Sarcoidose.
Fontes:
http://www.mdsaude.com/2008/10/doena-auto-imune.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Autoimunidade
http://www.sbis.org.br/cbis/arquivos/741.pdf
http://www.fo.usp.br/lido/patoartegeral/patoarteinfl10D.htm
AS REAÇÕES DE
HIPERSENSIBILIDADE

As reações de hipersensibilidade constituem mecanismos imunológicos que, ao mesmo tempo, são promotores de defesa e de destruição tecidual. Quando o antígeno (o elemento estranho) é combatido pelo anticorpo ou pela célula diretamente, surgem reações teciduais que podem variar de um simples prurido (coceira) até destruição completa, com necrose; essas reações são ditas "reações de hipersensibilidade".
Os vários tipos de hipersensibilidade podem ser classificados segundo a forma de reação imunológica:

1. Hipersensibilidade do tipo I - os anticorpos reagem rápida e imediatamente à presença do antígeno; essa reação provoca a ativação dos mastócitos, com liberação da histamina e de outras enzimas vasoativas, provocando vasodilatação e exsudação; são reconhecidas duas formas de hipersensibilidade do tipo I: a imediata, cerca de 15 a 30 minutos após o contato com o antígeno, em que vemos as alterações anteriormente citadas, e a tardia, observada 6 a 8 horas após o contato com o antígeno, sendo caracterizada pela exsudação celular, principalmente de basófilos, eosinófilos, monócitos etc. O choque anafilático é um exemplo de hipersensibilidade do tipo I imediata.

2. Hipersensibilidade do tipo II - os anticorpos reagem contra antígenos localizados nas membranas das células humanas normais ou alteradas; participam diretamente dessa reação o sistema complemento, provocando lise celular e tornando a célula susceptível a fagocitose, e as imunoglobulinas do tipo G.

3. Hipersensibilidade do tipo III - originada do complexo formado pelo antígeno e o anticorpo quando estão ligados. Esse complexo pode originar reações teciduais por ativar o sistema complemento, fazendo que se acione o seu mecanismo de cascata.

4. Hipersensibilidade do tipo IV - são as hipersensibilidades tardias, mediadas diretamente por células, mais especificamente pelos linfócitos T. É a que ocorre na tuberculose e na maioria dos granulomas causados por microorganismos de baixa virulência. O linfócito T entra em contato com antígenos dos microorganismo, transformando-se em T1 e passando a secretar uma série de citocinas que atuam diretamente no tecido, destruindo-o. Acredita-se que os linfócitos T sejam recrutados pelos macrófagos para o local agredido.

domingo, 7 de novembro de 2010

Tolerância imunológica é definida como a incapacidade específica adquirida total ou parcialmente por um indivíduo a desenvolver uma resposta imune humoral normal ou a mediação celular a um antígeno ou a diversos epítopos de um certo antígeno contra o(s) qual(s) ele normalmentes se desenvolveria uma resposta em outras condições, sendo assim é o processo pelo qual o sistema imunológico não ataca o antígeno.
Existem vários mecanismos que permitem a tolerância imunológica do organismo:
  • Pode haver delecção clonal em que os clones reativos são eliminados pelo organismo.
  • Anergia clonal em que os clones existem mas não estão funcionais e ignorância clonal em que os clones estão presentes mas o organismo não os utiliza.
  • Pode também ser induzida a tolerância de forma externa, pela utilização de anticorpos ou pela estimulação das células supressoras.


domingo, 17 de outubro de 2010

Sistema ABO e Sistema Rh

Sistema ABO


Sistema proposto, em 1900, pelo austríaco Landsteiner, classificando o grupo sanguíneo segundo a polialelia do sistema ABO, considerando a relação entre os pares dos alelos: IA, IB e i, em quatro grupos: grupo A, grupo B, grupo AB e grupo O.

Por análise desse sistema, as hemácias humanas podem apresentar na membrana as substâncias aglutinogênios ou aglutinogênios, sintetizadas pelos alelos IA ou IB sendo: aglutinogênio A ou aglutinogênio B ou a coexistência dos dois tipos e também a substância química aglutinina contida no plasma das hemácias: Anti-A, Anti-B ou ausência dessas.

Na relação alélica existente, o alelo i é recessivo aos seus alelos IA e IB. Assim, quando em um indivíduo é encontrado homozigose do alelo recesivo i, esse pertencerá ao grupo O (genótipo ii).

Caso sejam encontrados em heterozigose os alelos IA e IB, ambos manifestam seu caráter dominante, e o indivíduo será do grupo sanguíneo AB (genótipo IA IB).

Um indivíduo pertencerá ao grupo sanguíneo A, se enquadrado em duas situações: quando em homozigose dominante IA IA, ou em heterozigose do alelo dominante IA com o recessivo i, apresentando genótipo IA i.

Da mesma forma para o grupo sanguíneo B: quando em homozigose dominante IB IB, ou em heterozigose do alelo dominante IB com o recessivo i, apresentando genótipo IB i.

Tabela de Tipagum Sanguinea:






FATOR Rh

O fator Rh é um dos dois grupos de antígenos eritrocitários de maior importância clínica, estando envolvido nas reações transfusionais hemolíticas e na Doença Hemolítica do Recém-Nascido (DHRN ou Eritroblastose fetal)[1]. Sua determinação, juntamente com a dos antígenos pertencentes ao sistema ABO, no procedimento laboratorial denominado Tipagem sanguínea (ABO e Rh) --- ou simplesmente tipagem sanguínea -- é obrigatória antes de qualquer transfusão sanguínea.



Fonte Bibliofrfica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_ABO
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_Rh
http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&biw=1020&bih=596&q=sistema+abo&um=1&ie=UTF-8&source=univ&ei=cCi7TLzVB5GP4AbMq5TVDA&sa=X&oi=image_result_group&ct=title&resnum=4&ved=0CDMQsAQwAw

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Citocinas

O que são citocinas?
As citocinas são proteínas que modulam a função de outras células ou da própria célula que as geraram. São produzidas por diversas células, mas principalmente por linfócitos e macrófagos ativados, sendo importantes para o controle da resposta imune.
As citocinas dependem da ligação com receptores específicos da membrana celular para desempenharem sua função. Normalmente, há a necessidade da ação de mais de uma citocina para uma resposta imune, por isso elas agem em conjunto, formando uma rede complexa, na qual a produção de uma citocina influenciará a produção ou resposta de outras.


Funções

  • Regular a duração e intensidade das respostas especificas;
  • Recrutar células efetoras para as áreas onde se desenvolvem respostas e induzir a geração e maturação de novas células a partir de precursores.
As citocinas são produzidas durante a fase de ativação e fase efetora da imunidade para mediar e regular a resposta inflamatória e imunitária. Têm uma vida média curta. Estas só estimulam as células com receptores específicos na membrana da célula alvo, têm uma ação extremamente potente. São moléculas pleiotrópicas (podem atuar sobre muitos tipos celulares diferentes). São também redundantes( várias citocinas podem efetuar as mesmas ações).
As citocinas podem induzir efeitos diferentes sobre as mesmas células alvo de forma separada no tempo ou simultaneamente. Podem também influir na ação de outras citocinas de forma antagônica ou sinérgica.

Atividades da citocina
Podem ter atividade: autócrina, parácrina e endócrina.
Autócrina = quando é capaz de agir sobre as próprias células que o produzem.
Parácrina = quando ele age em células vizinhas às que o produzem, sem que para isso tenha que atingir a corrente sanguínea.
Endócrina = quando um hormônio age em células distantes ao seu local de produção, chegando até lá pela corrente sanguínea.


Propriedade
Pleiotropismo = efeitos multiplos sobre mais de um tipo celular
Redundância = ocorre quando duas ou mais citocinas apresentam a mesma ação
Sinergismo = citocinas diferentes apresentam efeitos potencializada quando atuam juntas
Antagonismo = citocinas que apresentam efeitos contrario






Citocinas da imunidade inata
células produtoras - macrofago e NK
atuação - processo inflamatório
Ex: TNF, IL-1, quimiocinas, IL-12, IL-10

Citocinas na imunidade adquirida
células produtoras - linfocitos B
atuação - crescimento e ativação dos linfocitos
Ex: IL-2, IL-4, IL-5, interferon gama


http://www.icb.ufmg.br/fib/fib/Seminario%20Endo/Fisiologia.htm
www.riosemgluten.com/citocinas.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Citocina

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Apresentação de antígenos e o complexo principal de histocompatibilidade (MHC)
Os antígenos peptídicos são apresentados ao TcR por uma molécula na superfície de nossas células, denominada MHC. A figura abaixo ilustra como o peptídeo, encaixado no MHC, é "visto" pelo TcR. Por outro lado, o TcR também "vê" o próprio MHC: sem este reconhecimento, ele não percebe o antígeno (peptídeo entre 10 e 20 aminoácidos, em geral). Para completar o quadro, o antígeno também é "visto" pelo MHC, quando se encaixa na fenda dele.



Representação esquemática da ligação entre um TcR e o MHC carregado com um peptídeo. O peptídeo encaixa-se na fenda do MHC e é reconhecido pelo TCR. Este, por sua vez, deve reconhecer certas partes do MHC, sem o que não será ativado pelo peptídeo da fenda. A parte do peptídeo que é reconhecida pelo TcR não é a mesma que o MHC liga.







Moléculas do MHC classe l => apresenta o Antígeno Protéico aos Linfócitos TCD8+.


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sábado, 18 de setembro de 2010

sistema complemento

SISTEMA COMPLEMENTO
O Sistema Complemento é composto por 20 proteínas de membrana plasmática e solúveis no sangue e participam das defesas inatas (natural)e adquiridas( memória). Essas proteínas reagem entre elas para opsonizar os patógenos e induzir uma série de respostas inflamatórias que auxiliam no combate à infecção. Inúmeras proteínas do complemento são proteases que se auto-ativam por clivagem proteolítica.As funções principais são a defesa frente às infecções por microorganismos, a eliminação da circulação dos complexos antigénio-anticorpo e alguns dos seus fragmentos actuam como mediadores inflamatórios.
Para que o sistema complemento expresse a sua atividade é necessária a sua ativação prévia.A clivagem de tais proteínas é feita por proteases altamente específicas,as convertases.Ativação é feita por três vias do complemento, denominadas vias: clássica, da lectina, e alternativa.

Via clássica

Nessa via a montagem e a organização das convertases são habitualmente iniciadas por anticorpos da classe IgG ou IgM formando complexos com o antígeno. Várias outras substâncias, tais como os complexos da proteína C-reativa (PCR), determinados vírus e bactérias Gram-negativas, também podem ativar esta via. Os ativadores são reconhecidos por C1q, uma das três proteínas do complexo C1. Esta ligação ativa C1r que ativa a pró-enzima C1s. Então, C1s ativado cliva C4, resultando na fixação covalente do seu principal fragmento, C4b, à superfície do ativador. O componente C2 liga-se a C4b e é clivado por C1 em dois fragmentos (este processo necessita da intervenção de Ca2+ o Mg2+), dos quais C2a permanece ligado a C4b, completando a montagem do complexo C4b2a, que é a C3 convertase da via clássica. Esta cliva C3 resultando na ligação de C3b à superfície do ativador e na ligação posterior de C3b à subunidade C4b2a, formando a C4b2a3b que é C5 convertase da via clássica..P


Via da Lectina

A via da lectina utiliza uma proteína similar a C1q para ativar a cascata do complemento, a lectina ligadora de manose (MBL). A MBL liga-se a resíduos de manose e outros açúcares, organizados em um padrão, que recobrem superficialmente muitos patógenos. A lectina ligadora de manose é uma molécula formada por duas a seis cabeças, semelhante a C1q, que formam um complexo com duas serina proteases a MASP-1 e MASP-2. MASP-2 é similar as proteínas C1r e C1s. Quando o complexo MBL liga-se à superfície de um patógeno, MASP-2 é ativada para clivar C4, em C4a e C4b, e C2 em C2a e C2b, originando a C3 convertase da via da lectina - C4b2b. O papel de MASP-1 ainda não está bem claro na ativação do complemento.
As pessoas deficientes em MBL têm maior suscetibilidade a infecções na infância, o que mostra a importância da via da lectina na defesa do hospedeiro.


Via Alternativa

Esta via foi denominada alterna por razões históricas, por ter sido descoberta após a via clássica. A ativação desta via inicia-se a partir da hidrólise espontânea tiol-éster localizada na cadeia alfa do componente C3, gerando o C3(H20).Esta molécula exibe sítios reativos que permite a ligação de uma proteína plasmática, fator B (fB), formando o complexo C3(H2O)B. O fB então é clivado por uma enzima denominada fator D (fD). Esta clivagem origina 2 fragmentos Ba e Bb. O fragmento Bb fica ligado a C3(H2O), gerando o C3(H2O)Bb, que na presença de íons Mg++, tem atividade serino-protease, clivando o C3 em C3a e C3b. Assim como o C3(H2O), C3b também apresenta sítio de ligação com o fB. Formando o complexo C3bBb, após clivagem do fB em fBb e fBa pelo fD. O C3bBb atua então como C3 convertase, clivando mais moléculas de C3, formando C3bBb3b que cliva C5 em C5a e C5b. O fragmento C5b permanece ligado ao complexo e os outros componentes (C6,C7, C8 e C9)se ligam para a formação MAC

Complexo de Ataque à Membrana (MAC)

A clivagem de C5 pela C5-convertase produz C5a, que é lançado nas vizinhanças do plasma onde é uma potente anafilatoxina (como C3a) e uma agente quimiotático para neutrófilos; C5b, que serve como uma âncora para a formação de uma única estrutura composta por C6, C7 e C8.

O complexo resultante C5b-6-7-8 guia a polimerização de até 18 moléculas de C9 em um tubo inserido na bicamada lipídica da membrana plasmática. Esse tubo forma um canal permitindo a passagem de íons e pequenas moléculas. Água entra na célula por osmose e a célula sofre lise.

domingo, 12 de setembro de 2010

Vacinas- Parte I


O que são:
As vacinas são substâncias, como proteínas, toxinas, partes de bactérias ou vírus, ou mesmo vírus e bactérias inteiros, atenuados ou mortos, que ao serem introduzidas no organismo de um animal, suscitam uma reação do sistema imunológico semelhante à que ocorreria no caso de uma infecção por um determinado agente patogênico, desencadeando a produção de anticorpos que acabam por tornar o organismo imune ou, ao menos mais resitente, a esse agente (e às doenças por ele provocadas).


Do que são feitas?
São, geralmente, produzidas a partir de agentes patogênicos (vírus ou bactérias), ou ainda de toxinas, previamente enfraquecidos. Ao inserir no organismo esse tipo de substâncias, fazemos com que o corpo combata o agente levando à estimulando a síntese de anticorpos, que protegem o nosso organismo, além de desenvolver a chamada memória imunológica, tornando mais fácil o reconhecimento do agente patogênico em futuras infecções e aumentando a eficiência do sistema imune em combatê-lo. Quando o corpo é atacado por algum agente patogênico não chega a desenvolver a doença porque o organismo encontra-se protegido.

Como surgiu?
No início do século XVIII, a varíola era uma doença que causava a morte de muitos indivíduos e, em razão da doença, muitas crianças nem chegavam a atingir a fase adulta.Nesse mesmo século, o médico inglês Edward Jenner, após inúmeras observações, percebeu que pessoas que conviviam com vacas - inclusive as adoecidas pela varíola - e possuíam ferimentos tais como esses animais, não eram contagiados. Assim, injetou o pus dessas vacas em um menino saudável e, tempos depois, apesar das reações adversas, foi inoculado com a varíola humana e não adoeceu. Assim, continuou esse procedimento em várias pessoas, retirando o pus dos adoecidos e transferindo para as pessoas, como forma de prevenir a moléstia. Anos depois, inoculou no garoto que participou de seu primeiro experimento e em mais duas pessoas e ambos continuaram imunes.
Em sua publicação, que deu origem ao nome “vacina”, Jenner usou o termo “varíola da vaca” em latim: "variola vaccinae” que, com o tempo, acabou popularizado o termo “inoculação da vacina”, tal como a própria técnica (lembre-se de quantas vítimas dessa doença iam a óbito até então). O sucesso foi tanto que, em 1805, Napoleão Bonaparte obrigou que todos seus soldados fossem vacinados, o que gerou alguns conflitos.

A Revolta da Vacina
A “Revolta da Vacina”, que ocorreu em 1904 no Rio de Janeiro, foi uma tentativa do então presidente, Rodrigues Alves, juntamente com o prefeito Pereira Passos e o médico Oswaldo Cruz, de executar uma grande empreitada sanitária, como forma de “modernizar” e higienizar a região.
Esse projeto consistia em, além de retirar as pessoas das ruas, levantar guerra a mosquitos, ratos e outros animais “maléficos”, também obrigar a população inteira a vacinar contra a varíola, criando, inclusive, a Lei da Vacina Obrigatória, em 31 de outubro de 1904. A reação popular foi extrema: pedradas, protestos, incêndios, dentre outras formas de revolta, que fizeram com que o governo revisse a obrigatoriedade.
Atualmente a varíola é considerada uma doença erradicada, mas, entretanto, há muitas controvérsias entre o uso ou não de vacinas. Alguns médicos alegam que a melhoria das condições de vida das pessoas, incluindo aí o saneamento básico de qualidade e boas condições de alimentação, poderia causar tanto efeito contra estas doenças quanto com o uso de vacinas.

Por que vacinar?

As vacinas provavelmente salvaram muito mais vidas da que qualquer outro tipo de medicamento na história. Estima-se que as vacinas poupam mais de 3 milhões de vidas a cada ano, e poderiam poupar muitas milhões a mais se todos recessem as vacinas adequadas.
As vacinas fazem mais do que apenas salvar milhões de vidas a cada ano. Ao prevenir doenças graves:
• As vacinas protegem milhões de pessoas contra a dor, sofrimento e mesmo incapacitação permanente.
As vacinas poupam dinheiro para os indivíduos e para a sociedade, ao reduzir os custos com; doença, por exemplo, medicamentos, cuidados hospitalares e perda de tempo de trabalho.
• As vacinas reduzem a velocidade de disseminação da doença.
Graças às vacinas, algumas das doenças que costumavam levar a óbito ou incapacitar milHaris de pessoas são hoje bastante raras na maioria dos países (coma a pólio), ou mesmo foram eliminadas (como a varíola).
• As vacinas ajudam a prevenir a resistência aos antibióticos. Ao prevenir as doenças, as vacinas reduzem a necessidade de drogas que combatam os microrganismos. Isto ajuda a manter a eficácia dos antibióticos, porque quando um antibiótico é usado de forma inadequada paro tratar uma doença específica, ele pode perder a suo eficácia. O microrganismo causador daquela doença sofre mutação e a antibiótico não é mais eficaz. Quando uma doença é prevenida por uma vacina, os antibióticos podem ser prescritos com menor freqüência, dificultando a desenvolvimento da resistência.



Quais são as vacinas de rotina na infância e contra quais doenças elas oferecem proteção?
Doença Pneumocócica Este tipo de doença é causado pela 1actéria Streptococcus pneumoniae causa de pneumonia, sepse, meningite e sinusite em crianças, principalmente naquelas com menos de 2 anos de pode. Os pneumococos também causam milhões de infecções de ouvido a cada ano.
Vacina: Pneumocócia conjugada

Meningite (C) A meningite é causada pela bactéria Neisseria meningitidis. Como o Hib e o penumococo, esta bactéria pode causar meningite, sepse, incapacidade e morte. A bactéria da meningite pode infectar qualquer pessoa, mas é especialmente mais danoso para crianças com menos de 1 ano de idade e adolescência. A vacina conjugada contra a meningite pode ser usada em bebês a partir dos 2 meses e deve conferir proteção de longo prazo.
Vacina: Meningocócica conjugada do grupo C

Hepatite B Este vírus pode causar doenças hepáticas graves, tais coma hepatite, cirrose e câncer. Muitas pessoas infectadas não se sentem doentes nem aparentam estar doentes. Podem disseminar a doença para outros através do contato sexual, exposição ao sangue ou exposição no paria se a mãe estiver infectada.
Vacina: Hepatite B

Difteria A difteria causa dificuldades respiratórias, lesões aos órgãos e paralisia. Uma em cada dez crianças com difteria pode virar óbito. Tétano O tétano é uma bactéria que vive no solo e geralmente entra no organismo através deferidas abertas. Libera uma toxina que pode causar lesões que complicam em morte.
(coqueluche (“tosse comprida”) Doença contagiosa das vias aéreas que matou milHaris de crianças a cada ano e causou doença grave em centenas de milHaris antes da vacina.
Vacina: DtaP (difteria, tétano e coqueluche acelular)

Meningite por Hib. Hib é a abreviação de Hoemophilus influenzae tipo b, uma bactéria que infecta a membrana que reveste o cérebro e causa meningite. A bactéria também pode causar sepse. As complicações incluem a morte e seqüelas permanentes.
Vacina: Hib

Pólio Os casos graves resultam em paralisia de membros ou mesmo a morte. A pólio foi quase erradicado em muitos países, mas ainda é comum na Ásia e África; existe ainda o risco de ser1slisseminoda por viajantes.
Vacina: Pólio

Sarampo O vírus do sarampo habitualmente provoca tosse, febre, coriza e erupção cutânea. Às vezes resulto em pneumonia, que pode ser bastante grave. (Caxumba O vírus da caxumba causa edema das glândulas logo abaixo da ouvido. Em alguns casos a caxumba pode levar à meningite, causar surdez e outros danos como seqüela.

Rubéola
O vírus da rubéola causo sintomas semelhantes aos do sarampo. Às vezes afeta o cérebro, causando encefalite. A rubéola é muito danosa para mulheres grávidas não vacinadas: 85% das mulheres que tiveram rubéola no iniciada gravidez poderão ter crianças com anomalias ao nascimento.
Vacina: MMR (sarampo, caxumba e rubéola)

Catapora A catapora causo uma erupção cutânea representada por vesículas vermelhas. Não é, de modo geral, uma doença grave na infância,mas pode apresentar risco para adultos.
Vacina: varicela

Fonte:www.brasilescola.com.br
www.wikipedia.com.br
http://www.seaacsjc.org.br/Saude/vacinas.htm

Edward Jenner

Curiosidades do Sistema Imunologico

...o sistema imunológico se fortalece. De acordo com cientistas da Universidade de Loma Linda, na Califórnia (EUA), a gargalhada faz aumentar a produção e a atividade no corpo das chamadas células NK (Natural Killers ou Assassinas por natureza, em português). Apesar do nome assustador, elas só fazem bem ao organismo, já que destroem vírus e até tumores.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Imunidade Inata e Adquirida

Imunidade Inata
Composta de mecanismos capazes de rápidas respostas aos micro-organismos.São seus componentes as células NK, macrófagos, neutrófilos, células dendríticas e sistema complemento.Possui como barreiras a pele, mucosas, suor, saliva e proteínas do sangue.
não apresentam especificidade e memória imunológica, sendo essencial no controle de infecções comuns.

Imunidade Adquirida
É caracterizada pela especificidade e a capacidade de "lembrar" e responder mais vigorosamente às exposições aos micro-organismos.É composta por linfócitos e anticorpos, é baseada na seleção clonal.

Antígenos
Substâncias capazes de iniciar uma resposta imune.Podem ser antigênicos (reagem com um anticorpo específico)e imunogênicos ( induzem a uma resposta imune).
Haptenos:moléculas pequenas que não apresentam imunogenicidade.
Reação-cruzada:é quando um anticorpo reage com um antígeno que não induziu a sua produção.
Epítopos:pequena região capaz de ser reconhecida pelo anticorpo e se ligar a ele.

Anticorpos
São moléculas produzidas em resposta à presença de um antígeno.São capazes de neutralizar toxinas, precipitar micro-organismos, ativar o sistema complemento e imobilizar micro-organismos.




ImunoglobulinaSão glicoproteínas com função de anticorpo.

IgG
Possui função de aglutinaçãode antígenos e ativação do sistema complemento.É capaz de neutralizar toxinas e vírus, garantido a imunidade do bebê.

IgM
É uma estrutura pentamírica, presente como receptores de membrana, sendo o 1° produzida após contato com o antígeno.

IgA
É encontrado em mucosas, atuando contra infecções locais.

IgESe liga a alérgenos e desencadeia a liberação de histaminas dos mastócitos.Atua na defesa de parasitas.

IgD
Atua como receptor dos linfócitos B e sua função é indefinida.

Adicionar legenda

 
Novidade
Cientistas descobriram dois anticorpos capazes de impedir, em condições de laboratório, que mais de 90% das cepas conhecidas do vírus causador da aids, o HIV, invadam células humanas. Os pesquisadores também foram capazes de demonstrar como um desses anticorpos obtém o efeito.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Tipos celulares do sistema imune

Células do sistema imune

Linfócitos

Os linfócitos são responsáveis pelo reconhecimento do invasor e produção da resposta imune. São produzidos na medula óssea e timo, que são órgãos linfóides primários ou centrais e migram para o baço, linfonodo e amídalas, que são tecidos linfóides secundários. Os linfócitos B são produzidos na medula óssea e os linfócitos T são produzidos no timo.

Linfócitos B: os linfócitos B reconhecem o receptor de superfície do antígeno e transformam-se em plasmócitos, que produzem e secretam anticorpos que se ligam especificamente com o antígeno. Os linfócitos B ficam concentrados os gânglios linfáticos, prontos para uma reação.

Linfócitos T: os linfócitos T são bastante variados e possuem um número grande de funções. Eles interagem com os linfócitos B. As células T auxiliares (TH) auxiliam os linfócitos B na produção de anticorpos, divisão e diferenciação celular. Os linfócitos T citotóxicos destroem células infectadas do hospedeiro, utilizando um receptor especifico para antígenos das células T (TCR). Os efeitos dos linfócitos T estão relacionados com a liberação de citocinas, que são emissores químicos de sinais para as células.

Fagócitos

Os fagócitos têm a função de neutralizar, englobar e destruir as partículas estranhas e microorganismos invasores. São produzidos na medula óssea e sua diferenciação é provocada por citocinas. Quando estas células estão no sangue circulante são chamadas de monócitos, quando estão nos tecidos são chamadas de macrófagos.
O monócito é uma célula grande, maior que o linfócito e possui um núcleo com muitos grânulos em forma de ferradura.

Neutrófilos

Os neutrófilos são células fagocíticas e são muito numerosos, compreendendo cerca de 90% dos granulócitos que circulam na corrente sanguínea. É a primeira célula a chegar ao local de defesa e tem vida curta.

Eosinófilos

São células com função de apreender e danificar os invasores, principalmente os parasitas extracelulares grandes. Quando estimulados, eles liberam seus grânulos, liberando toxinas, histaminas e arilsulfatase. Os eosinófilos combatem principalmente os vermes, pois não podem ser fagocitados. As substâncias produzidas também ajudam a diminuir a resposta inflamatória.

Basófilos e mastócitos

Estas células estão em quantidades muito pequenas no sangue. Possuem grânulos no citoplasma que produzem inflamação no tecido circundante. Estão associados com as reações alérgicas.


Fonte:www.infoescola.com